Em 2016 o grupo Alabê Ôni inicia circuito de
Ensaio Aberto convidando o público a participar da construção do novo
projeto/espetáculo Alabem Brasileiro. O primeiro encontro ocorreu no dia 18 de
fevereiro no Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo no bairro Cristal.
Fotos: Náthaly Weber
Link do youtube Ensaio Aberto Quilombo do Sopapo
O
grupo se constituiu em 2012 na prática de uma aula-show que foi se
construindo em todos estados do país ainda ao longo de 2013-14 em que ao
apresentar os toques, cantos e danças de matriz africana trazia
elementos históricos e políticos
sobre a presença negra no RS e Bacia do Prata. Em seu novo projeto a
prioridade segue sendo o tambor sopapo que agora dialoga com tambores
irmãos de outras partes do Brasil. Quer se avançar assim questionando a
identidade eurocêntrica que invisibiliza o negro e não reconhece a
diversidade dos tambores afro gaúchos como cultura local. Surge assim a
possibilidade de ser construída uma Pedagogia do Sopapo num momento
de implantação da Lei 10.639/03, legislação que torna obrigatório o
ensino da história e da cultura afrobrasileira e africana nas redes de
ensino pública e particular. O sopapo e sua trajetória chamam atenção para a invisibilidade da cultura negra
no Rio Grande do Sul.
Alabê Ôni, Nobre Tamboreiro na língua Iorubá, convida para festa no Alabem Brasileiro
outros tambores irmãos encontrados na viagem pelo Brasil. Essa conversa
do sopapo com outros tambores brasileiros e platinos reforça a presença
negra no trabalho no Rio
Grande do Sul ao longo do período colonial, trazendo, com isso, o
reconhecimento da contribuição negra à cultura do Estado e do país assim
como da Bacia do Prata.
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