Acompanhando a programação do carnaval de Porto Alegre, neste dia 30 de janeiro a Imperadores do
Samba desce a Borges fazendo aquele grande carnaval no centro da cidade. Alabê
Ôni aproveita para lembrar do Mestre Alessandro Brinco, Diretor de bateria
da Imperadores do Samba durante 17 anos, falecido em abril do ano passado.
Alessandro
Machado dos Santos, o Mestre Brinco, se forjou enquanto percussionista dentro
do Mar Vermelho e Branco desde os tempos da quadra em frente à Zero Hora, na
esquina da Ipiranga com a Érico Veríssimo. Com a transferência da quadra para a
avenida Padre Cacique aprofunda seus conhecimentos junto aos diferentes
tambores de uma escola de samba, sob orientação de Mestre Neri Caveira junto
com Sandro Gravador. Seu instrumento preferencial era o repinique, que tocava
com incrível desenvoltura, capacidade rítmica impressionante e diferentes mas
sempre brilhantes "chamadas" (células rítmicas características do
repi, instrumento de frequência média e que faz o papel do improviso algumas
vezes na escola de samba).
Abaixo
poesia de Richard Serraria, homenagem do Alabê Ôni
Ao Mestre
(,) Brinco com carinho
Brinco por que um sorriso vale mais do que palavras
mil
Brinco por que era da sua natureza sorrir
Brinco por que memória é escrita na pele do
tambor
Brinco porque chorar às vezes é uma vontade imensa
de amor
Balançava inteira a cidade com a bateria de Neri
Caveira
Era benção pra gente desse lugar
Cantar, era mesma coisa que rezar
Balança inteira a cidade com a bateria de Mestre
Brinco
vem rindo na cabeceira sorrindo
benção pra gente da beira vem vindo
Brinco enfeitiça arquibancada inteira
Ladeira
da Sorte, Descida da Borges
Brinco por que memória é estandarte de ouro na pele
do tambor
Brinco porque chorar às vezes é uma vontade intensa
de amor
Brinco pingente enfeite enchente carnaval
Brinco
para que meus olhos sigam sendo Porto Seco
Brinco porque a lembrança é uma avenida Perimetral.
Imagens cedidas pelo Bataclâ FC
Nenhum comentário:
Postar um comentário